segunda-feira, setembro 29, 2008

Política de cotas, inclusão ou discriminação?



Por conta das injustiças promovidas durante os séculos da construção do Brasil, instituíram uma política de cotas que privilegia os supostos subcidadãos, como as mulheres e os negros, e os supostos subumanos, como os índios. Tal política nasce como forma de sanar um problema que é bem mais complexo do que tentam passar para a sociedade e bem mais simples de se resolver do que se imagina. Muitos podem até pensar que esta é a única forma de evidenciar o mal que há muito acomete o povo brasileiro: a discriminação. Porém, como forma de sistematizar este assunto, limitarei ao assunto da política de cotas.

Partindo da premissa da Ética, o principio discriminatório destas cotas é o mesmo que tornou necessária a discussão sobre este tema tão urgente e salutar; favorecendo uns poucos em detrimento de outros muitos, ou seja, os meios não importam desde que se obtenha o fim desejado, ou pelo menos, que se chegue o mais perto possível do final proposto. É o trabalhar tendo como meta a aplicação de paliativos que no primeiro momento pode até ‘resolver’, mas que ao passar do tempo, pouco tempo, vem à tona como mais um capítulo da triste novela conhecida por todos como sendo “Eu finjo que faço e vocês fingem que acreditam”.

O que precisamos entender é que todas as ações tomadas no agora voltarão para nós, ou nossos filhos, com a mesma intensidade com a qual foram feitas; que o tamanho da nossa decepção é proporcional ao tamanho da nossa expectativa. Desta forma o debate exaustivo é a única solução para este assunto, onde a expectativa encontrará a luz da discussão e com ela a melhor forma de agir será vislumbrada e posta em prática.

É evidente que alguma coisa deve ser feita, porém, ignorar a Ética é abrir mão do único artifício que legitimaria a discussão e o trabalho em prol de um Estado eficaz para todo e qualquer cidadão independente de classe, gênero, cor, etnia ou religião. Como é sabido, o centro da Ética é a vida, e é por isso que toda política deve antes passar pelo crivo da Ética antes de ser promulgada como sendo a solução.


Fernando Henrique Liduário Maximiano

Um comentário:

Edilene disse...

Deveria existir uma cota p/ quem não tem condições de pagar a facu.

Pq ser negro não ker dizer burro!