domingo, agosto 05, 2007

Moça...

O que poderia fazer um sonhador quando encontra na realidade a manifestação do seu melhor sonho? Não haveria de sentir tamanho gozo? De certo, não há outra opção a não ser assegurar-se de que não voltará a sonhar com o belo, pois, o belo se fez presente em sua melhor forma. Moça, o que te faz especial não é aquilo que enche o meu campo de visão, mas sim, o notório brilho de vida que comumente avisto em sua fala, em sua foto, em sua risada, enfim, em tudo que engendra por perfeição, ou seja, por você.
Mais um dia, mais uma noite, mais um tempo... outro tempo. Chego a pensar que o tempo é o contratempo de quem anseia por amar... de ser amado... de sentir... de doar... de ser completo e de completar.

Porém, no instante em que puder tê-la em meu peito aflito, tornar-me-ei a reconciliar com as horas, com os dias, com os anos... pois, o melhor tempo de minha vida, se fará ao descanso de seus braços, aonde poderei assentar minha face em meio a seus seios e sentir o pulsar suave e verdadeiro de alguém que tardou, mas que achou o verdadeiro amor... e ali, somente ali, poderei sentir-me seguro.
Meu anjo, não pense que falo tais coisas por querer uma conquista, pois, o que é uma conquista em vista do verdadeiro amor? Estaria, eu, errado por relatar em palavras aquilo que sinto em meu âmago? Andaria mais uma vez enganado por caminhos torpes sem tentar lhe fazer feliz? Como não ousar ser feliz ao lado de quem promete resgatar-me do mar de ilusão em que tenho vivido? Não... não pode privar-me de amar... antes, retire todo o ar que tenho para respirar! Rasgue o meu peito com um punhal e não permita que eu viva sem que você não esteja ao meu lado!

Ata-me a base de um foguete e me mande para o infinito, aonde poderei ter uma pequena noção daquilo que eu não pude sentir estando junto a você.
O que pode haver de mais valioso no homem do que a sua musa inspiradora? Seria como negar ao homem a sua fonte de vida, negar suas virtudes incontestáveis, negar o fato de viver para fazer-te uma mulher feliz... o que passar disso ou o que for aquém, não é digno de viver... sendo assim, respiro para manter as funções vitais em perfeita harmonia e assim poder fomentar lisonjeiramente palavras doces tal qual tu és. Encerro-me na expectativa de poder um dia tanger lindos acordes de júbilo em honra a sua estontiante beleza com que me cativaste em apenas um instante, porém, ecoará por toda a eternidade.

Moça, se te gosto, é porque tenho motivo para tal... e se lhe desejo, é porque quero te sentir ligado a mim, até o fim... Beijos, do seu, do sempre seu, Amor.

Fernando Henrique Liduário Maximiano

quarta-feira, junho 13, 2007

Pensamento poético...

Infelizmente, não sou um homem de meias palavras... que dirá, uma!!! Sendo assim, tentarei emitir um senso quanto a essa mocinha que eu estou aprendendo a amar...

Bom, poderia dizer que você é linda... mas estaria sendo redundante em meus dizeres.
Poderia dizer, simplesmente, que você é uma pessoa feliz... mas não poderia nunca, sequer, medir a sua felicidade apenas por sua simpatia, seria um equívoco.
Poderia, então, suscitar uma idéia relativamente utópica e nos conformes de sua vida loka... mas, ainda sim, não compreenderia toda a sua loucura a ponto de descrevê-la.
Poderia, talvez, tentar defini-la tangendo lindos acordes musicais... mas ainda sim, esbarraria na imperfeição das 7 notas musicais. (...)

Enfim, tenho somente a dor da espera de um dia poder emitir um senso quanto ao que poderia defini-la... ainda que este dia chegue, prefiro não atentar-me a esta luta quixotesca, pois, defina-la, seria uma tentativa errônea de limitar o que é ilimitado... compreender o incompreensível... balbuciar o que ainda não foi ouvido... Para tal, não farei uma limitação quanto a perfeição que lhe é presente.

Pensamento poético feito para uma grande pessoa.

Deus está fora do Espaço-Tempo

Comum é dizer-se que as doutrinas Deterministas se popularizam a partir do renascimento, por meio do discurso cientificista que visava estabelecer todas as relações de causa e efeito do mundo físico. Muitos cientistas do século XVIII e XIX consideraram a possibilidade de que todo o Universo era uma imensa máquina perfeitamente ordenada, que funcionava como um relógio de alta precisão, e que bastaria controlar todas as variáveis envolvidas que poderíamos, em tese, prever o curso futuro dos eventos.
Mas na verdade, um exame mais atento notará que doutrinas deterministas são tão antigas quanto a humanidade, e na verdade até muito mais fortes em contextos extremamente afastados da tradição científica e filosófica. Por isso o Determinismo de teor cientificista esta condenado a ser sempre uma assertiva não sujeita a comprovação. O mesmo porém não o ocorreria com o Determinismo de teor Místico, para o qual há propostas de Seres que podem sim saber todas as informações necessárias para prever qualquer evento no Universo da mesma forma como um computador pode saber os resultados futuros de um processo de dados do tipo jogo virtual de bilhar.
Se há um ser OMNISCIENTE, esse ser tem total conhecimento de todos os eventos, inclusive detalhes de cada mínima partícula, podendo então saber tudo o que acontecerá e aconteceu, e se é OMNIPOTENTE, nem mesmo a aleatoriedade do mundo quântico seria obstáculo para tal ser, pois ele teria poder sobre cada nano evento.
Sendo assim, é forçoso admitir que tal ser controlaria com total precisão cada ínfimo detalhe da realidade, ainda mais sendo este ser ETERNO, pois sequer precisaria calcular qualquer evento futuro, tais eventos já estariam prontos.
Sendo assim, um Deus ONISCIENTE e ONIPOTENTE é a mais radical e extrema forma de Determinismo. Seria o Destino Imutável em si, manifestado em sua própria essência, e conseqüentemente, incompatível com qualquer idéia de Livre Arbítrio

"Se sendo Sapiente não se pode pecar, logo quem peca não é Sapiente, sendo insciente. Deve este ser punido por ainda não ser Sapiente, se não recebeu instrução?" (...) Esta foi uma das questões que Agostinho levantou na questão Pecado X Livre-arbítrio...


Não se trata de querer agir como Hércules ao resgatar Prometeu. Ou sim?
A idéia é, uma vez que não somente Santo Agostinho como nenhuma outra pessoa jamais foi capaz de propor uma solução clara e satisfatória para conciliar o Livre Arbítrio com os OMNI atributos divinos, bem como conciliar as idéias de Círculo e Quadrado, resta por força da lógica, optar por um ou outro uma vez que não se esteja obrigado a aceitar uma profissão de fé que exija a sustentação das duas.
Calvino optou por preservar os Omni atributos, destruindo o Livre Arbítrio com a doutrina da Predestinação. Eu não posso dizer que concordo plenamente com as idéias de calvino... poderia dizer que concordo com algumas coisas de 'cada' pensador que estão sempre em questão,a saber Calvino, Arminio e Agostinho. Estes possuem idéias interessantes, mas as suas idéias não são perfeitas e acho que uma, de uma certa forma, completa a outra! Poderia dizer que antes de conhecer a Jesus eu era Arminiano e agora que fui constituído como filho de Deus, vejo que sou Calvinista (hehehe)... em contra ponto, sou também Agostiniano!
Remover a perfeição de Deus não poderia ser mais simples, basta subtrair o mesmo elemento que inviabiliza o Livre Arbítrio, que é tão somente a ONISCIÊNCIA, Absoluta, que Santo Agostinho geralmente chama de Presciência, ou Onisciência Futura, mas esse termo é omisso quanto a "Ciência" do Presente e Passado, e não especifica a amplitude de tal Presciência, por isso, creio que o simples termo Onisciência, se tomado em seu sentido máximo, implica necessariamente em "Ciência" total atemporal.

Citações de autores desconhecidos por mim.

Artigo fomentado em meados de junho de 2006.

O Homem Sendo Homem

Este artigo não se propõe a retomar reflexões específicas de nenhuma área em especial, mas sim, discorrer acerca do início metafísico do grave problema que vem a memória quando este assunto é mensurado, e sendo assim, longe de ter a pretensão de ser a discussão final sobre tal assunto, mas, fomentar uma reflexão pouco anunciada nos círculos do saber e, sobretudo, abrir uma nova série de pensamento sobre este assunto que requer uma atenção especial.

Muito se é falado sobre meio ambiente em nossos dias. Sendo debatido em várias instâncias de acordo com a finalidade de cada preletor. O terror de ter que viver em um mundo devastado pela ação humana está presente em nosso meio como a uma praga, que insiste em querer anunciar aos quatro cantos do mundo, que a situação é ainda mais grave do que pensávamos.

De acordo com a significação, em uma forma sucinta, meio ambiente é o que abriga e rege a vida em todas as suas formas. Desta maneira, facilmente é esquecido que tal expressão engloba não somente a ecologia, mas uma série de fatores que faz com que a vida siga o seu curso sem enaltecer ou diminuir nenhuma parte que forma tal meio. Antes de qualquer coisa, deve-se compreender um detalhe que pouco é explorado em uma reflexão deste porte. Ao invés da reflexão partir do início, a maior parte dos pensadores querem achar a problemática em seu final, ou seja, “o que fazer para mudar esta situação”, quando deveriam se perguntar “onde teve o início de toda esta situação já conhecida”.

É sabido que o povo brasileiro não tem o hábito de tratar bem o meio em que está e partindo desta premissa, uma breve explanação se faz necessário.

O Brasil é um país que professa a crença nos conformes do cristianismo, sendo assim, para entender como funciona o pensar do brasileiro, deve-se compreender como o cristianismo trata tal assunto em todos os seus momentos, seja no início quanto na contemporaneidade.

No início da cristandade, muito se falou em uma volta eminente do Salvador[1], que viria resgatar aqueles que reinariam com ele no paraíso, segundo a passagem de Hebreus 10:37 que diz: “Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará”. Fato que levou os fiéis a se importarem, apenas com a volta do Salvador que os levariam para o paraíso, despojando-se de seus bens e tudo o mais que julgavam supérfluos, assim como é apresentado em Atos 2:45: “E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. A possibilidade que trouxe esperança para toda a cristandade foi à mesma que os levaram a não ligar para as suas vidas quantos seres viventes e pertencentes ao meio em que vivem.

Com o passar dos tempos, a esperada volta do Salvador não aconteceu, abrindo precedentes para um cristianismo institucionalizado e comandado por pessoas que, até então, estavam acostumadas a fugirem para que suas vidas não fossem ceifadas por declararem uma crença segundo o cristianismo. O que fez com que o cristianismo passasse para uma nova etapa de sua existência, a saber, “Como evangelizar as pessoas e fazer com que a esperança do retorno triunfal de Cristo não fosse esquecida”. O que nascera com um propósito íntegro, culminou em uma disputa de interesses que acabou tendo conseqüência no magistério cristão. Não ensinava mais um cristianismo bíblico, mas um cristianismo que forçava a pessoa a aceitar tal crença com o risco de ser lançado no inferno cristão[2], onde nasceu a famosa frase: “Quem não vem pelo amor, vem pela dor”.

Como se já não fosse suficiente, uma nova compreensão sobre o paraíso alastrou-se por toda a cristandade, em seu início. A idéia de que esta terra seria destruída e que uma outra terra seria construída pelo Salvador para os que quisessem ter com ele no gozo da eternidade. Tal idéia encontrou uma forte aceitação em meio a maior parte da cristandade, pois, era embasada segundo o livro de apocalipse no capítulo 3:12, onde diz:

A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome.

E ainda, no capítulo 21:1 que reitera esta idéia: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe”.

No século XVI, esta idéia ganhou formas e contornos um pouco menos irreal com o surgimento da linha de pensamento comumente chamado de Calvinismo[3], que ganhou força por afastar o medo do inferno cristão que imperava entre os cristãos. De fato, toda a maneira de pensar sobre a vida e tudo que engendra por ela foi modificado com este pensamento.

Chegando a pós-modernidade, ser cristão virou sinônimo de uma busca pela espiritualidade que há muito se perdeu. Esta busca é marcada por uma metodologia em que não é a favor da vida planetária. Cada um é senhor de seus caminhos e a maioria esmagadora, ao contrário do de Atos 2:45, não ligam para o outro e nem que rumo a sua vida irá tomar caso ele não estenda a mão para uma ajuda.

Em pleno século XXI, a falta de consideração ao meio ambiente não é mais ditada pela religião, mas sim, pela cultura que absorveu a parte negativa desta religião fomentada por pessoas que não conheciam o impacto que culminaria em nossos dias. Pois, esquece-se que no livro de Gênesis 1:28, Deus fala ao homem:

Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

Mas se esquece que logo após, Ele deu também o exemplo a ser seguido no mesmo livro, no capítulo 2:15 que diz:

E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.

Por fim, como diria Thomas Hobbes, "Homo homini lupus[4]". Fato que não pode capacitar a ninguém a viver em uma passividade quanto a este sério problema que se encontra a ser pensado. Segundo reza a Constituição Federal do Brasil, este chamamento para uma reflexão/ação sobre o que fazer para mudar o panorama em que se encontra o meio ambiente é tanto um direito quanto um dever de cada um.

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (Art. 225 da Constituição Federal).



[1] Segundo a tradição Cristã, o Salvador é apresentado na figura de Jesus de Nazaré. Sendo ele, a segunda pessoa da Trindade.

[2] Segundo a tradição Cristã, o inferno é um lugar de tormento onde os que não aceitaram Jesus como messias iriam passar toda a eternidade como punição desta má escolha.

[3] Uma vertente do protestantismo cristão que cria a predestinação do homem, ou seja, as coisas só acontecem porque Deus já havia determinado, sendo assim, não cabe ao homem a preocupação do dia de amanhã.

[4] Traduzindo para o português, segundo Fernando L. Maximiano, “homem é o lobo do homem”.

terça-feira, abril 10, 2007

Crítica ao ato de filosofar

Para que uma reflexão seja, de fato, filosófica, deve ser radical, rigorosa e de conjunto.1 Radical porque a situação a ser investigada deve ser posta em termos radicais, ou seja, ela deve ser investigada de maneira exaustiva. Rigorosa porque não pode ser feita de maneira dispersa. Para ser filosófica, deve-se seguir um rigor determinado, levando-se em consideração as conclusões da sabedoria popular e as generalizações da ciência. E deve ser de conjunto no sentido de que não deve ser parcial, tendenciosa, mas sim, levando em consideração os aspectos do contexto em que está inserida2. E quando se é levado em consideração o contexto em que está inserido, o ato de filosofar se torna demasiadamente doloroso para alguns.

Na historia do nosso país, avistamos com muita propriedade o quanto o ato de filosofar pode ser relativamente prejudicial a algum grupo em especifico. As sociedades pragmáticas e consumistas criaram modelos de escolas tecnicista que baniu a filosofia dos currículos, depurando-as das escolas. A resolução, hoje, é produzir pessoas passivas, homens sem consciência de cultura, arte e outros, preocupado apenas com os fins propostos por uma aculturação alienante.

A filosofia propõe a busca do sentido mais profundo das coisas. Embora alguns pensem que este ato possa ser demasiadamente complexo, o simples ato de inquietude do homem, diante da vida, já o faz ser um filósofo. Claro, não querendo desmerecer nenhum profissional graduado, mas simplesmente tentando esclarecer que, a filosofia, além de ser essencial, ela é intrínseca ao homem sapiente. É justamente a filosofia despertando neste individuo, na forma de uma insatisfação diante das respostas que a sociedade dá para justificar algumas respostas tidas como irrevogáveis pela sociedade.

A filosofia, sobretudo, deveria ser conhecida como o real

significado do seu nome, a saber, philos-sophos, ou seja, amor à

Sabedoria, mas amor pelo que ela é, não pelo status na qual ela

remete ou a outros significados encontrados no dia-a-dia. Amor a

uma busca de respostas consistentes e no caminhar desta busca,

descobrir que, junto às respostas, vem outras perguntas que

juntamente com a questão originária, tende a ser respondida. A

questão é que cada nova resposta se torna uma possível pergunta

para quem não se aquieta perante uma questão sem solução.

Como foi dito pelo filósofo Gusdorf, “...a história atesta a

regeneração constante da reflexão, para além de todas as

tentativas de a liquidar”, o ato de filosofar não pode ser detido,

muito menos erradicado, enquanto tiver um homem que pensa e

que se inquieta perante a sua vida e em relação ao que está em

sua volta.




1 SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 10. ed. São Paulo:Cortez, 1991.

2 NUNES, Renato. A Filosofia, o Filosofar e a Filosofia na Educação.

10 fatores a favor da saúde encontrados na Carta da Terra

Em ressalva, a Carta da Terra é de uma importância incomensurável para a humanidade. Cada um deveria ficar incumbido de repassar os dizeres nela contido para o maior número possível de indivíduos. Além de tratar a situação planetária da Terra, ela se presta a salientar sistematicamente fatos individuais, como é o caso da saúde. Sabemos que a Terra providenciou as condições essenciais para a existência e a manutenção da vida nela contida. Cabe aos seres humanos a preservação de uma biosfera saudável com todos os seus ecossistemas igualmente preservado.

É comumente sabido por todos que o primeiro passo para se manter a saúde intacta, assim como foi explanado pela Carta da Terra, primeiramente é o de impedir o dano causado ao meio ambiente e a todos os recursos naturais nela contida. Com este pressuposto, pode ser levantada uma lista de argumentos preponderantes que viabiliza a discussão sobre o fator da saúde dos povos e/ou mundial em relação à saúde brasileira na atualidade.

Como toda a espécie tem o seu papel fundamental no ciclo da vida, a preservação da diversidade biológica, seja ela vegetal ou animal, é de suma importância para manter a saúde mundial sadia. Sendo assim, se faz necessário à solicitação da recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados, exigindo o controle e a erradicação de organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente e prevenir a admissão desses organismos nocivos.

No que diz respeito ao uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e a vida marinha, o manejo de ser de uma forma que não exceda as taxas de regeneração. Quanto aos recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis, a utilização deve ser levando em conta a diminuição da exaustão e para que não causem danos ambientais graves.

Ademais, outro passo importante é ser contrário a toda e qualquer forma de poluição em qualquer parte do meio ambiente. Reduzindo, reutilizando e reciclando materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos. Impedindo o aumento das substancias radioativas, tóxicas ou outras substancias perigosa. Desta feita, os recursos naturais renováveis seriam poupados de uma abrupta e violenta violação em seus preceitos originais.

Outro fator que deve ser levado em consideração é a reprodução de indivíduos de maneira irresponsável. A Carta da Terra tem como proposta a garantia ao acesso universal à assistência de saúde que promova a saúde reprodutiva de modo sadio e a reprodução responsável. Garantindo que os indivíduos criem suas proles com o mínimo de dignidade e segurança.

A preservação do conhecimento tradicional e a sabedoria espiritual professada em todas as culturas, que contribuam para a proteção ambiental e do bem-estar humano, devem se tornar realidade. Levando em consideração que uma das grandes evidencias da pós-modernidade é justamente o grande número de conhecimento adquirido, sobretudo, é também evidenciado pela falta da saúde mental cada vez mais prolixa na humanidade atual.

A garantia de que as informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informações genéticas, deve ser assegurada e deve ser de domínio público. O que trará uma vida de mais abastança para indivíduos, seja em na velhice, quer seja em casos de enfermidades.

A garantia do direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não-contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais de maneira racional e responsável, é também umas das propostas que a Carta da Terra interpela perante a toda humanidade.

Enfim, gestos como, equipar cada ser humano de educação e recursos para assegurar a sua subsistência sustentável, proporcionar seguro social e segurança coletiva para todos aqueles que não são capazes de manter-se por conta própria, deveria ser uma meta a ser almejada por todos no mundo. A erradicação da pobreza, a garantia das atividades e instituições econômicas de forma a alcançar o desenvolvimento humano sustentável e eqüitativo, a defesa dos direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, eliminar a corrupção, tratar todos os seres vivos com respeito e consideração, promover a cultura de tolerância mutua, a não violência e a paz, faria com que a vivencia quanto cidadão do mundo fosse evidenciado pelo oposto da nossa realidade atual.1


1 Carta da Terra.

Ética, direito à vida.

A declaração Universal dos Direitos dos Homens assim como o artigo 5º da Constituição Federal assegura que os homens são iguais perante a lei, tanto em dignidade quanto em direitos. A constituição que rege a República Federativa do Brasil de 1988, por sua vez, põe como um dos fundamentos da República “a dignidade da pessoa humana” (art. 1º - III). Este fundamento deveria ser apresentado como o fundamento do Estado brasileiro e não apenas como um dos seus fundamentos.

A teoria fundamental dos direitos do homem funda-se, necessariamente, numa antropologia filosófica, ela própria desenvolvida a partir da critica aos conhecimentos científicos acumulados em torno de três pólos epistemológicos fundamentais: o pólo das formas simbólicas, no campo das ciências da cultura; o do sujeito, no campo das ciências do individuo e da ética; e o da natureza, no campo das ciências biológicas[1].

Enquanto os países recompunham-se da terrível segunda grande guerra mundial, a humanidade viu-se em uma situação de desconforto perante tamanhas barbáries que haviam sido cometidas no período da guerra. Após este instante contemplativo da humanidade, criou-se o instrumento ético de controle social do comportamento – declaração dos direitos do homem[2]. Fato que influenciou no desenvolvimento do artigo 5º da constituição federal – “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, a igualdade, à segurança e a propriedade”. Embora seja de fato um grande passo para a humanidade a criação dos direitos inerentes à própria humanidade, a grande maioria ainda sofre por não conviver com os benefícios desta declaração. Ainda que a constituição federal apresente como direito principal o direito à vida, de fato isso não é avistado em grande parte da população mundial.

A humanidade, hoje, é dividida em duas partes: a primeira parte é onde avistamos a menor parcela da humanidade, que podem ser definidos como sendo de fato humanos. A segunda parte é onde avistamos a grande parcela da humanidade, e que tem como característica a experiência do sofrimento e que segundo a declaração, bem como a constituição, não se beneficiam dos direitos apresentados pelos mesmos3. Esta disparidade é encontrada com muita facilidade na realidade brasileira.

Um discurso é apresentado pela declaração universal em favor dos que sofrem por falta de justiça, assim como as diversas pendências na atualidade. Outro discurso é apresentado pela constituição federal em prol da saúde, bem como a educação, segurança etc., mas de fato, a realidade se encontra muito distante do modelo de equidade proposto por todo e qualquer órgão competente para pensar sobre a ética e o bem estar humanitário. O que resta apenas ao brasileiro e ao cidadão do mundo a espera, não passiva, da mudança de pensamento planetário.



[1] É a proposição introdutória do Padre Henrique C. L. Vaz, S.J., no mais completo trabalho sobre o assunto em língua portuguesa: Antropologia Filosófica, vol. I, 3 ed., São Paulo (Edições Loyola), 1993, p. 12.

[2] GARRAFA, Volney. Direitos humanos, poder e injustiça.

3 GARRAFA, Volney. Direitos humanos, poder e injustiça.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Deixa ir os meus Músicos!

Uma das maiores necessidades da igreja brasileira hoje é a de música cristã profana. Precisamos de música cristã que não fale de Deus. Não que falar de Deus não seja importante; mas às vezes tenho a impressão de que falamos demais de Deus, quase a ponto de tomar seu nome em vão. Falamos tanto porque estamos preocupados com a sua ausência; será que falamos para ocultar a sua ausência?
Falar de Deus é essencial: "como crerão, se não ouvirem?". Tão importante quanto falar sobre Deus, no entanto, é falar a partir de Deus ; e quando falamos a partir de Deus, não precisamos, necessariamente, usar o nome de Deus - o livro de Ester conta uma belíssima história sem usar o nome de Deus nem uma única vez, e essa história se tornou parte do cânon judaico-cristão, como narrativa divinamente inspirada.
A questão, pois, é se temos a graça de contar a história do modo correto, de narrar a vida sob a luz do evangelho. Precisamos de música que não fale de Deus, mas que fale a respeito da vida, das flores, do amor, da política, e das crianças, sob a luz do evangelho; precisamos de música que fale sobre o mundo, mas a partir de Deus.
Além disso, precisamos de música, simplesmente. Música que signifique Deus por sua beleza, e que mostre a sua glória sem palavras. A música pode ser narrativa, mas não precisa ser - a música não precisa de justificativas além da sua própria existência porque, afinal, Deus não precisa dar explicações sobre a razão de sua criação. Quem pode pôr em dúvida a beleza da música? Quem pode pôr em dúvida o amor do homem pela beleza da música? E quem pode pôr em dúvida a origem divina de toda boa dádiva, e de todo dom perfeito?

Quem és tu, ó pastor evangélico, para discutires com Deus? (...)

Pode a coisa feita desafiar seu Criador, perguntando-lhe: "Por que me fizeste assim?" Ou terás a ousadia de reprovar o inventor da beleza, por ter criado homens que amam a música pela música, mesmo quando não tem uma razão bíblica para desfrutá-la? Acusarás a Deus de ser o tentador do homem? Atribuirás a Satanás a arte de Mozart, de Wagner ou de Villa-Lobos? Consumados estes absurdos, que mais restará senão reprovar também a beleza das flores e o canto do sabiá? Por causa de Israel o nome de Deus foi blasfemado entre os gentios;

...mas por causa de ti a música cristã afunda nas trevas da feiúra estética.

Não me esqueço do dia em que um diácono da minha igreja - um homem grande, sério, que detestava livros mais do que qualquer coisa na vida - me chamou para uma conversa séria, "de homem pra homem". Este diácono - não sei se no corpo ou fora do corpo, Deus o sabe - me aconselhou a desistir de ser músico profissional. "Porque" - dizia ele - "este meio artístico é muito sujo... Tem muita p., e um crente verdadeiro não se mete com p. Quando tem muita p. num lugar a gente tem que sair". E, de fato, eu saí rapidamente de perto dele. Acho que em poucas ocasiões eu ouvi tantas vezes a palavra "p...".
Os músicos cristãos precisam de libertação - não da música "do mundo", mas da música "da igreja". Precisam ser libertados do jugo dos pastores e dos crentes legalistas, que exigem qualidade nas noites de domingo, mas que proíbem estes músicos de se profissionalizarem, e fecham o mundo da música a uma ação cristã redentiva.

Por Guilherme Carvalho, http://ideiafiksa.blogspot.com/

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Seria a hipocrisia um meio santo de se viver?

Por que, no meio evangélico, a palavra tem mais poder para o mal do que para o bem? Uns dizem que a língua tem poder, mas por que o poder só manifesta para o mal? Muitos evangélicos evitam pronunciar palavras que carregam certa frustração, ódio, rancor, porque dizem que isso atrai morte e desgraça. Mas por que uma pessoa não ganha na Mega-Sena ao se repetir “trocentas” vezes a frase “Vou ganhar na Mega-Sena?” As palavras não têm poder? Por que a macumba só deixa de ter poder quando se fazem correntes, orações fortes e campanhas para vence-la, e após uma Santa Ceia na Igreja Evangélica o pão e a água, que eram elementos consagrados até então, deixam de sê-los? Satanás, por ventura, teria poderes maiores que Deus? Por que quando se levanta uma pessoa, que não seja cristã, para destronar um ditador que oprime o povo, os cristãos dizem ser uma intervenção divina, mas quando um cristão tenta faze-lo simplesmente é impedido pela própria igreja sendo tachado de instrumento do demônio? Seria essa hipocrisia algo bom para se viver?

Pior que o câncer é ter isso em nossas igrejas. Pessoas se intitulando apóstolos, mas que na verdade buscam simplesmente status, poder, dinheiro, objetivos estes que os levarão à ruína e à perdição. Quando já se viu tal coisa na história da Igreja? Pastores pegos em escândalos monetários e que ainda insistem em pedir dinheiro aos seus membros alegando serem vítimas de perseguições. A igreja evangélica, que sempre pregou contra a riqueza da igreja católica hoje busca o mesmo status, custe o que custar. O pior é quando vemos que o protestantismo nasceu para ir contra as indulgências, sistema opressor do qual a católica se utilizou para adquirir dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro, e hoje esquecido pelo meio evangélico. Que desonra às raízes! Se não valoriza o próprio surgimento como valorizar o nascimento do Salvador em meio aos homens? E o pior é, quando praticando todas essas coisas, ainda se busca a “quantidade” e não a “qualidade” de seus membros. Pessoas e mais pessoas entram nas igrejas e saem sem ao menos meditar no que quer dizer o título “Jesus Cristo, o Filho de Deus”, ou então “não se pode servir a Deus e a Mamon”. Como dizia Nietzsche: “O poder gosta de andar com pernas tortas”.

Outro problema: Mais e mais CD’s são criados e lançados com uma desculpa de ser o propósito de Deus e de ser aquilo que “foi gerado no coração de Deus”. O problema é que quando alguém diz ter sua obra gerada no coração de Deus não dá a oportunidade a ninguém de questiona-la segundo sua interpretação porque é como se fosse um questionamento contra Deus. Mas tal questionamento se torna possível quando este irmão é pego em escândalos, mentiras e falsidades. Aí é tarde; milhões de “pequenos cristos” se escandalizaram nos “grandes cristos”. Aí pergunto: Seria Deus o criador de seu próprio louvor? Deus criaria uma letra para se louvar? O louvor parte de Deus para Deus ou do homem a Deus? Ou teríamos capacidade vinda de Deus para louvarmos com nossas próprias letras? O ritmos têm de ser sempre o mesmo? Estranho... E o mais interessante é que muitos que lançam CD’s “gospidos” tem a cara de pau de dizer que é pecado comprar CD’s piratas. Mas qual é o pecado maior? Comprar um CD pirata ou comprar um CD original pagando este absurdo de preço que vemos hoje em dia? Dizem eles ser pecado comprar algo falsificado porque “não se dá a paga devida ao trabalhador”. Mas será que esses que dizem viver essa “verdade” vivem ela realmente? Será que o “Windows” da Microsoft, outros programas de computador, o tênis que ele usa, a marca da roupa, o cinto, a bateria do relógio, ou o próprio relógio e a mochila são originais? Não seria pecado deixar de lutar com a empresa que mais oprime o seu cliente; as gravadoras? Absurdos são cobrados dos músicos e estes aceitam porque têm o dinheiro para pagarem. Aliás, têm dinheiro porque os “pequenos” é que dão. Daí, eles aproveitam e jogam a culpa de algo que se iniciou nele para se verem livres. O pensamento destes anti-evangelho impede qualquer um de estudar em uma faculdade, uma vez que esta é cara no que tange à mensalidade e porque agora é “pecado” usar “Windows” falsificado. Não digo aqui que se deve usar coisas defraudadas à torto e direito, mas que também não devemos nos inclinar ante esse espírito do consumismo capitalista anti-cristo.

Tais pessoas que praticam tais atos não passam de pessoas que apenas chegaram em Jesus, o fitaram com os próprios olhos e então pararam diante dele e mudaram suas vidas. Até que muitos mudam para melhor! Mas Cristo é a Porta, e Ele nos chama para entrar e não para ficar parado diante Dele. Isso é covardia, porque para passar por Ele é preciso passar pela cruz; precisamos negar o nosso ego. Precisamos de um minuto de silêncio diante daquele que não é o Silêncio, mas que estava no princípio com o Silêncio que nos leva a conhecermos quem realmente somos. Só que a igreja prefere ligar a guitarra e fazer barulho. Falar em línguas também. Tudo para que não se manifeste o silêncio porque senão Deus fala. E se Ele falar muita coisa terá que “ir pro espaço”. O silêncio de Deus é ensurdecedor.

O que resta para essa igreja? Diante de tanta “baboseira” e falta de reverência (hoje existem pessoas que chamam Deus de “o cara lá de cima”, ou de “meu papaizinho” sem pensar na imensidão, na retidão e na santidade de Deus com relação a nós) resta à igreja a passar pela porta. Perceber que o Evangelho é renúncia. Não é pregar prosperidade. O próprio pregador já disse em Eclesiastes 7:15: “Nesta vida sem sentido eu já vi de tudo: Um justo que morreu apesar da sua justiça, e um ímpio que teve vida longa apesar da sua impiedade”. Nem Jesus, que foi o mais justo de todos andou de carruagem (nem de BMW)! Aliás, Ele nasceu numa manjedoura e levou uma vida humilde e simples. O problema é que, para ser humilde, devemos ser humilhados, porque assim aprenderemos como realmente agir. A cruz deve ser o centro e não o dízimo. Hoje em dia nem o dízimo é aceito como deveria ser: As tribos, no Primeiro Testamento, davam 10% do que produziam, e não 10% de seu dinheiro (em espécie). Davam a ovelha, o cereal, e não a moeda. Por quê? Porque Deus quer igualdade e justiça no meio de seu povo e não motivo para mais escândalos. Dizime, mas com justiça, com retidão, com consciência. Se não for assim não dizime, porque não existe esse Deus medieval que tanto é pregado aqui no Brasil que faz mal e amaldiçoa quem não dizima. Pura mentira! Isso mesmo: Mentira! Devemos dizimar não porque é Lei, mas porque meu irmão precisa viver em pé de igualdade comigo e também em justiça.

O chamado de Jesus Cristo não é para uma vida em bonança. Aliás, só leva vida em bonança quem não prega a verdade. Fale a verdade real na igreja e veja se você não será perseguido por pelo menos meia dúzia de “crentes em Deus”. Não digo aqui que você não deve ir à igreja. Deve ir sim porque é lá que se reúne o povo de Deus para contar e experimentar das maravilhas de Deus. É lá que aprendemos como conviver e colocar o amor de Cristo em prática. Mas lá não é lugar de enganação; de Deus não se zomba. Pode ter certeza que não cairá um raio na cabeça destes que pregam a perversão, mas se cair é porque o salário de seu pecado foi este. Deus vingará quando concretizar Sua vinda. Naquele dia será dor e separação. Não existirão pedrinhas no feijão. O feijão irá para o interior de Deus, mas as pedrinhas... A Pós-Modernidade experimenta a falsidade, a verdade relativa, o amor selecionado, o viver com amigos apenas, mas isso é lixo. É o mesmo que uma latrina sem descarga. Deus não é Deus de duas verdades, nem de mais. Ele não é de selecionar uns e outros com maldade. O mal não reina sobre Ele, mas sim o contrário. O mal domina sobre o homem, até mesmo em sua compreensão sobre Deus e seus atributos. O homem é mal devido ao seu pecado. E necessita de Deus para ser curado. Ame a Deus e deixe reinar como deve, pois caso contrário você mesmo se exterminará.

Sou Carlos Chagas, membro da Igreja Batista Betel no Flamengo em Contagem, Minas Gerais. Sou sonoplasta e estudante de Teologia na FATE-BH. Sou crente desde 2002 e sedento por Justiça e por justiça.

Sole Dei Gratia. 07/01/2007

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Uma pergunta que precisa ser calada...

Bom, existe uma pergunta que tocou fundo em meu peito. A pergunta é 'SAbe qual o exército que luta contra ele mesmo?'... Não sei qual é a visão de alguns cristãos quando olham a sua vida ou a vida dos demais ao seu redor, seja uma vida tranquila ou corrida, cheia de altos e baixos... mas, encarar a vida cristã como uma milícia e pior, encarar todos os cristãos como soldados é simplesmente fazer um reducionismo gigantesco de Deus. O que nos separa do 'mundo' é simplesmente a vontade de amar como Deus ama, pensar como Deus pensa, enfim, fazer TUDO como Deus faria se estivesse em nosso lugar! Mas ao contrário disso, nos sujeitamos as ondas de doutrinas que tratam o evangelho como se fossem uma arma de destruição em massa:"Vamos derrotar!!!!", "Vamos dominar!!!", "Aceite agora ou se arrependa depois!!!"... e por este caminho, o erro do passado novamente vem a tona! No passado invetou-se um inferno de sofrequidão e agonia eterna simplesmente para 'ganhar' pessoas pela dor! (...) Não se falavam mais do amor de Deus para com os seus filhos... O evangelho não servia mais para libertar, mas sim, para se defender do medo constante de ir ao inferno!! Palavras eram sempre lembradas, como que se fossem usadas para que Deus não se esquecesse de livra-los do inferno inventado por homens... Aquele inferno... aonde há um 'imperador' que castiga e que é denominado 'Rei das moscas' vulgo, diabo! Este mesmo inferno não foi apresentado pela bíblia desta mesma forma... não se ouvia no lábio do Mestre as táticas para se libertar do inferno assustador e horrendo! Os apóstolos, eles sim, canônios, não davam importancia em se ter! Em conquistar! Em ser alguém importante para Deus... pois, para Deus o importante não é o fazer, mas o 'ser'! (...) Ser o mais diferente possível do mundo!!! Ser exatamente aquilo que Ele preparou para os que são Dele!! (...) Mas o que era para ser feito em secreto para não ter-se algum reconhecimento, virou uma luta desenfreada para ver quem é o mais santo... o que era para ser intríseco ao coração, virou uma desculpa para mudar até mesmo a maneira de se vestir, fato que me lembra muito a forma na qual Alexandre Magno usou para controlar os seus conquistados... O que era para ser em espírito e em verdade, virou-se em carnalidade e em hipocrisia!!! Deus não é homem para sorrir, mas se Ele estivesse aqui, Ele iria preferir andar em meio aos ladrões, em meio as prostitutas, em meio aos traficantes, pois assim Ele poderia oferecer o seu sorriso de esperança... Ahh! Se o Mestre estivesse aqui, e convivesse com esta liderança eclesiástica, não encontraria no Mestre, sequer, um tracejo sincero e alegre de sua parte... não veríamos o Mestre com o seu sorriso estampado em meio ao que fizeram com o 'seu nome'... Ele preferiria chorar!!! Chorar de desespero pedindo ao Pai "pelo menos mais uma chance, pois eles não sabem o que fazem! Ou se sabem, estão sendo enganados", só assim os que riem agora, poderíam começar a chorar de arrependimento!!! O pranto levantado por Aquele que é e que será e que sempre foi, seria ouvido como uma punhalada nos corações sedentos de amor... chegaria com justiça ao coração dos que anseiam ter de volta um motivo para sorrir!!! E neste momento, o Mestre explicaria para todos que, o inferno não é ir a um lugar de sofrimento e serem eternamente maltratados, mas sim, o inferno seria... ter a plena conciência de que nunca mais iria sentir o amor... o inferno seria simplesmente, estar distante daquele que sempre pregou com amor e em amor!! Daquele que não precisou das riquezas do mundo para ser ouvido... Daquele que nunca se viu abatido em saber que os que se diziam ser Seus, iríam fugir e o deixar sozinho. Pelo contrário, os amou ainda mais por isso! (...)

A pergunta 'SAbe qual o exército que luta contra ele mesmo?' (...) encontraria no Mestre a seguinte resposta:

"Vocês sabem que os governantes das nações AS DOMINAM, e as pessoas importantes EXERCEM PODER sobre elas. NÃO SERÁ ASSIM ENTRE VOCÊS; ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo, como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos." (Mat. 20:25-28)

... acrescentaria dizendo: "...Os reis das nações DOMINAM sobre elas, e os que EXERCEM AUTORIDADE sobre elas são chamados de benfeitores; MAS VOCÊS NÃO SERÃO ASSIM. Ao contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa como o que serve. Pois quem é maior, o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como o que serve." (Luc. 22:25-27).

Não existem exércitos dominantes, não há milícia para militar, não há guerras para vencerem... Jesus já liquidou tudo no madeiro! Temos que viver em Amor e na sã doutrina! Aquilo que Jesus e os Apóstolos (estes sim canônios} ensinaram como princípio de fé e detentor da Lei do Espírito e da Vida! Se o Mestre estivesse aqui, Ele diria mais uma vez "Está Tudo Consumado!"

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Início da Renascer em Cristo...

Era uma vez um povo...

No começo eram quase revolucionários. Um povo feliz que, sem culpa, sabia que sua maneira de vestir, cantar ou falar, não implicava naquilo que era por dentro. Ser, valia mais do que ter. Ninguém se importava com os olhares, críticas e questionamentos moralistas que sempre vinham. O recado daquele povo era explicito: Seja feliz, sirva a Jesus com simplicidade, porque pra Ele, só importa o que você é... Ouviam uma fita cassete amarela que dizia na capa "O som que te faz girar". Ao som dela, cantavam "Ninguém pode comer vinte pratos por dia, ninguém pode dormir em vinte camas numa noite, tanta gente passando fome e a justiça pede sua cabeça..."A mesma fita falava de viagem : " ...caminho profundo, viagem de oração"..... Reuniam-se em uma galeria com tacos de madeira, ao som de bandas cheias de gente louca em todos os sentidos sendo que a principal loucura era a vontade incondicional de louvar a Deus. Cantavam! E cantavam muito..."Ser humano, deixa de ser, sepulcro caiado"... Reuniam-se as segundas feiras e, por lá, via-se todos os estilos de gente: "Bleianas" com saião e cabelão, cabeludos tatuados, gente de grana e gente da periferia. Eram noites quentes e abafadas, mas abençoadas e verdadeiras. Quando o sujeito gordo de camisa florida ou jaqueta da Imprensa Gospel aparecia no palco, todos sentavam para ouvi-lo. Ele dizia que a maior viagem não eram as drogas, era se entregar para o doador da vida que os amava do jeito que eram.

Aquele povo era feliz...

Livres, soltos, caminhando na mesma direção....

Mas um dia as coisas mudaram. As noites de segunda feira ja nao se viam os mesmos loucos. Agora gente de terno chegava para ouvir os ensinamentos de como prosperar no "culto dos empresários". Aos poucos os loucos foram indos embora... Simeon, Tchu, Túlio, Manga, Rod, um a um... O sujeito gordo de camisa florida trocou as camisas por ternos claros e deixou de ser o irmão mais velho da moçada... agora é líder, cheio de seguranças e dinheiro e é chamado de apóstolo.

O povo feliz, não era mais o mesmo...

Um por um iam embora. Os que ficavam viraram Bispos primazes. Sujeitos bem vestidos com carrões, cheios de arrogância e sentimento de superioridade. No lugar dos loucos que ouviam o "som que te faz girar", gente em busca de prosperidade e bem estar. Sentiam-se abençoados porque seu líder fala sobre ser "cabeça", lucrar, ganhar, chegar na frente...

Tudo mudou...

Já não andavam mais livres, já não ouviam o som do vento...

O calor das noites quentes de segunda cedeu espaço ao ar gelado do ar condicionado das reuniões de empresários.

O povo feliz, virou povo apostólico...

Hoje, esse povo fala em espada."Jhony Jhony, essa noite Jhony pedirão a sua alma"... já não se ouve mais esse refrão. A viagem de oração virou marcha na paulista. Os jovens de segunda feira viraram bispos endinheirados. O sujeito da camisa florida virou milionário foragido da policia. O povo feliz...

Ah! O povo feliz...

...Esse se espalhou como areia. Frutificam por onde passam e sentem saudade de um tempo feliz. Olham para os dias de hoje com nostalgia e um pingo de esperança de que esse temporal lave a sujeira e traga arrependimento. Eles continuam na viagem de oração e pedem a Deus que o povo que os substituiu, o povo apostólico, não se perca depois que as escamas caírem. O líder deixou de ser o que era, e o povo que andava com ele não aceitou que fosse assim. Os que vieram depois compraram sem saber e hoje vivem na defensiva. Talvez aquele sujeito da camisa florida ainda exista. Talvez , enquanto se esconde, lembre de onde veio. Sinta o cheiro das segundas feiras e o calor daquelas noites quentes. Talvez lembre dos amigos e dos jovens loucos quem andavam com ele.

Ainda estamos aqui.

Acompanhando a distância e orando pra que, em algum lugar do caminho, ele volte e seja acolhido, não como um megalomaníaco apóstolo, mas como alguém que um dia foi tocado por Deus e se perdeu em sua própria loucura. Quem tem ouvidos que ouça...e ore.

Texto de Angenor... Em uma comunidade do Orkut.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Intolerância Religiosa

Uma pena as pessoas não saberem a parva diferença entre aqueles que são crentes ao mesmo credo em que professamos e aqueles que professam uma fé diferente... E o que é pior, não respeitam aquilo que é, até mesmo, assegurado por lei! Aqueles que não são G12zistas (G12), Católicos, Protestantes, Pentecostais, Budistas, Mulçumanos etc. (de acordo com a fé professada), tem o mesmo direito a vida quanto a qualquer um e em qualquer lugar no mundo.

O que um indivíduo tem a oferecer em uma relação, em qualquer esfera, não é somente o credo prefessado, indivíduos diferentes possuem várias outras qualidades e defeitos diferentemente daquilo em que estamos acostumados em nosso cotidiano que pode, sim, ser muito bem apreciado em uma amizade ou em uma discussão saudável. Atentando sempre para o crescimento...

Eu tenho certeza que até mesmo aqueles que fazem parte do 'esteriótipo satânico' de muitos 'alienados' (que vestem de preto, que bebem sangue de bode, que cortam o seu corpo, etc, etc, etc...), tem algo a acrescentar!

Uma lástima! Os indivíduos, hoje em dia, são definidas pela fé na qual professa... Se uma pessoa se diz evangélica (usa-se evagélico apenas como exemplo), logo um senso de valor é emitido no âmago de cada pessoa, sendo as vezes, externado na forma de uma intolerância religiosa, seja no agir quanto no falar. Mas isso pouco importa, pois esta definição dificilmente irá mudar.

"Deus só age se for evangélico";

"Os que não estão na visão ou não são evangélicos são incircunsisos 'filisteus'!";(...)

Como se Deus fosse evangélico (mais uma vez, usa-se evangélico apenas como exemplo)! Sendo assim, prefiro ficar com a tese de que Deus é um em todos não se limitando a uma religião professada!

No mais, Vivemos na GRAÇA e pela GRAÇA... Deus 'salva' indiferentemente da religião (Religião, do termo 'religare', que provem do Latim. Significa a tentativa humana de se chegar/religar a Deus.) professada pela pessoa!

Em Deus que é soberano e misericordioso para com TODOS, PAZ!

sábado, janeiro 06, 2007

Músicas não-evangélicas... é pecado ouvi-las?

Certa ocasião, dei carona a uma pessoa. Eu estava ouvindo uma música de um cantor não-evangélico. De imediato, o carona se surpreendeu por eu estar ouvindo "música mundana". E agora? Fui pego em flagrante delito espiritual? Creio que não. Tive de pacientemente explicar a diferença entre música mundana e música evangélica. Ele não se dava conta de que na verdade estava seguindo o ritmo de Zoroastro.
Zoroastro, também chamado Zaratustra, foi o sábio persa que sistematizou um dualismo complexo, de abrangência metafísica (a crença em dois princípios coeternos, incompatíveis e antagônicos: o reino do bem e o reino trevas), cosmológica (criação – anticriação), ética (bem – mal) e antropológica (corpo – espírito). Esse dualismo radical influenciou o pensamento grego, além de influenciar duas correntes de pensamento que rivalizam com o cristianismo pós-apostólico: o gnosticismo e o maniqueísmo. Sua proposta era ambiciosa: libertar a alma (a centelha divina) que havia sido aprisionada no corpo físico, pertencente ao reino do mal. Ao longo da história, a igreja precisou se defender do dualismo, reafirmando que Deus é criador tanto da matéria quanto do mundo espiritual; que o ser humano não é uma alma aprisionada no corpo, mas um ser tanto físico quanto espiritual. Não somos somente “alma”, somos um composto de corpo e alma. Na ressurreição, alma e corpo voltam a se encontrar. O ser humano integral voltar a viver em sua plena natureza. Há, porém, um ponto em que o dualismo também era nocivo: na luta entre o Bem e o Mal, a individualidade do ser humano era praticamente ignorada ou desprezada. O indivíduo era tão-somente num agente passivo, influenciado quer pelo Bem quer pelo Mal, um joguete nas mãos dos deuses, como cantado pelo Abba em "The winner takes all" [O vencedor leva tudo].
Não é difícil perceber que no meio evangélico muitos se deixaram influenciar por esse dualismo. Muitos vivem uma ética nos moldes do zoroastrismo. Isso fica evidente na sua concepção de mundanismo. O termo é empregado para indicar especialmente tudo o que não é evangélico. Assim, música mundana é música que não louva a Deus ou não é gravada por evangélicos. Se não for de Deus, é automaticamente do Diabo. É preciso nos libertar desse dualismo.
As Escrituras fornecem um caminho para por fim a isso. Veja, por exemplo, o uso da palavra "doutrina". Três tipos de doutrina são apresentados:

1. de Deus – provém diretamente dos céus; é o bom conteúdo da fé (Mt 22.33; At 13.12);

2. de demônios – esse tipo deve ser evitado a todo custo, são ensinamentos que contradizem a verdadeira fé e conduzem a toda tipo de prática contrária à vontade de Deus (1 Tm 4.1);

3. de homens – é concebido por homens em prol de interesses próprios; reflete-se também em usos e costumes (Mt 15.9; 16.12; Cl 2.22); não é nem divino nem diabólico; é humano, demasiadamente humano.

Seguindo esse raciocínio, podemos afirmar que há três modalidades de música:

1. divina – canta as coisas de Deus, reflete os padrões do reino dos céus, inspira o louvor e a adoração do Altíssimo;

2. demoníaca – é mundana, pois trabalha contra Deus e seus valores; que incita as obras da carne e todo tipo de prática antibíblica;

3. humana – não tem necessariamente nenhuma relação com as outras duas; aqui, a individualidade e o talento humanos são preservados, evitando dissolvê-los numa eterna luta entre o Bem e Mal; aqui, o ser humano fala de si mesmo, de suas inquietações, frustrações, desejo etc.

Para saber se uma música é realmente mundana, é preciso definir o que é mundanismo. Essa palavra vem "mundo". Nas Escrituras, a palavra "mundo" (do grego kósmos, tem diversas acepções, entre as quais destacamos:

1. o universo físico ordenado (Jo 17.5; Rm 1.20);

2. a humanidade (Jo 3.16);

3. sistema antideus, com suas atitudes corrompedoras, como aquelas alistadas por Paulo aos gálatas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões, discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas (Gl 5.19-21).

É na terceira acepção que encontramos o que vem a ser o "mundanismo" do qual os cristãos devem se afastar. Trata-se do kósmos que é caracterizado por atitudes que desonram a Deus, ao próximo e ao próprio indivíduo. O mundanismo é uma aversão a Deus e aos seus preceitos. Esse era o "mundo" ao qual Tiago se referiu: "Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, quem quiser ser amigo do mundo coloca-se na posição de inimigo de Deus" (Tg 4.4). Ele então enumera as seguintes atitudes mundanas: guerras (v. 1), lutas (v. 1), cobiçais (v. 2), soberba (v. 6), fofoca ou maledicência (v. 11) etc. Esses mesmos elementos foram alistados pelo apóstolo João (1Jo 2.15-17). É desse mundo, desse sistema antideus, que a Igreja deve se proteger. O mundanismo está mais presente em nosso meio do que julga nosso inútil autoconceito triunfalista e separatista.

Então, o que é música mundana? É toda e qualquer música que reflete o mundanismo. Sendo assim, nem toda música composta ou cantada por não-cristãos é mundana, mas somente as que transmitem mensagens que contrariam a vontade de Deus. Não dá para colocar no mesmo bojo o mestre Gonzaguinha com a sua belíssima música "O que é o que é" (Eu fico com a pureza da resposta das crianças/ É a vida, é bonita e é bonita/ Viver, e não ter a vergonha de ser feliz/ Cantar e cantar e cantar/ A beleza de ser um eterno aprendiz/ Ah, meu Deus, eu sei, eu sei/ Que a vida devia ser bem melhor e será/ Mas isso não impede que eu repita/ É bonita, é bonita e é bonita) com a intragável "Na boquinha da garrafa", da Cia. do Pagode. Fala sério!

O dualismo é um empecilho para que se reconheça que o homem e mulher foram feitos à imagem e à semelhança de Deus (Gn 1.26, 27). Isso significa que o ser humano é dotado de certas habilidades e talentos inerentes à sua condição de ser racional. Além de racional, também somos seres estéticos. Apreciar o belo nas produções artísticas é algo que nos foi concedido por Deus. A racionalidade confere ao ser humano autonomia para desenvolver dons e talentos naturais. Para alguém ser um bom músico, portanto, não precisa ser cristão, nem falar de coisas que digam respeito à fé cristã. A música de um não-cristão não deve ser tomada automaticamente por "mundana" ou "demoníaca". É simplesmente um produto do talento humano. Esse talento pode ser canalizado para a adoração a Deus (música sacra), aos interesses do reino das trevas (músicas que incitem à devassidão, que promovam a idolatria ou à religião falsa) ou mesmo para falar de coisas próprias ao gênero humano, como a vida, o amor etc. Por meio da música, pode-se expressar alegria, tristeza, gratidão, anseios, expectativas etc. É o coração se derramando nos acordes musicais. Isso não é mundanismo. É humano, demasiado humano. E, por que não dizer, divino?
Desconhecido...

Bom.... deixo esta reflexão aí para que todos possam com carinho e RESPEITO avaliar se estamos mesmo sendo "espirituais" por seguir um modelo proposto por um homem (Zoroastro) ... ou se estamos mesmo é nos atentando a pequenos detalhes que juntamente com outras conjecturas, só nos levará a distanciar-mos mais e mais de Deus.

Seria, então, pecado escutar músicas não-evangélicas? Se for sim a resposta, logo não posso assistir filmes que não sejam evangélicos, não posso comer comida que não seja evangélica, etc. Graças a Deus que Ele nos dá o fruto de discernimento de espírito para que, ao entrarmos em um cinema, e sermos pego por uma cena erótica, não venhamos pecar porque agora sabemos o que é bom para nós.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Estou decepcionado com Jesus!

Depois de anos de convertido, depois de ter lido a Bíblia algumas vezes, e principalmente depois de ter lido várias e várias vezes o Novo Testamento, cheguei à conclusão de que fui iludido esse tempo todo por um líder que não sabia o que estava fazendo.Como poderia alguém que se dizia Filho de Deus não discernir as coisas espirituais e ensinar tantas coisas erradas? Como poderia ele, que se dizia o Messias, não conhecer profundamente o coração do Deus que ele disse que o enviou? Como poderia aquele que disse que enviaria o outro Consolador desconhecer as suas próprias revelações?

Jesus foi um fracasso!

Senão, vejamos alguns erros de seu ministério:
Jesus ensinou que o Reino de Deus era semelhante ao grão de mostarda, simples, pequeno, sem ambições de poder. Que cresceria não para que a árvore se gloriasse, mas para dar ninho aos pássaros, para acolher o ferido, para dar lugar ao que sofre.

Ignorante! (...)

Não sabia que “somos cabeça, e não cauda”. Não sabia que a glória da segunda casa (e da terceira, da quarta, da quinta, são tantas casas!!!) seria bem maior do que a primeira. Como ele não sabia que sofrimento não tem lugar no reino de Deus? Será que ele não sabia que quando houvesse tristezas era somente necessário “declararmos” nossa posição em Cristo, e “tomarmos posse” de nossos lugares celestiais, voando acima das tempestades? E ainda teve a coragem de dizer que, no mundo, teríamos aflições...

não sabia de nada esse tal de Jesus!!!

Esse tal Jesus também ensinou aos seus discípulos, pobres rapazes que deixaram tudo para o seguirem, que eles teriam que ir pelo mundo, pregando o evangelho, ensinando a todos...

Coitado!

Não sabia que para conquistarmos os territórios para Deus, em primeiro lugar temos que realizar atos proféticos. Não sabia que precisamos entrar em “batalha espiritual”, desarmando o chefe daquele território, e ungir os lugares, desfazendo assim toda maldição. A coisa era bem mais fácil de ser feita, e ele insistiu na idéia louca da pregação pura e simples...
...do seu amor!

Que coisa!!!

Nada se conquista mais por amor... estamos em guerra, temos que destronar Satanás e seus demônios através de jejuns fortes, decretos (até mesmo leis humanas) desautorizando a ação do diabo e seus anjos naqueles lugares.
Jesus não sabia que havia um princípio de legalidade, onde Satanás manteria o domínio da pessoa mesmo depois dela ter se encontrado com o Nazareno.

Pobre Jesus!

Ensinou que se alguém cresse nele, VERDADEIRAMENTE seria livre. Enganou as pessoas ao fazê-las crer que simplesmente a fé em seu sacrifício seria suficiente para a salvação. Ele não sabia que precisávamos de sessões de regressão e renúncia de pecados passados... achava que a cruz bastaria.

Por fim, enganou a si mesmo, quando ao ser crucificado bradou em alta voz: “Está Consumado!”

Quanto engano!

Jesus não sabia que nada estava consumado, que sua obra era insuficiente. Não sabia que seriam necessárias sessões e mais sessões de libertação para as pessoas, mesmo depois de terem crido nele, e terem sido salvas.

Nada estava consumado. Nada se encerrava ali. Muito menos a salvação...

Não seríamos resgatados do Império das Trevas para o Seu Reino, isso era ilusão. Ficaríamos com ele sim, assim de “meia-boca”, mas ainda cativo ao diabo, poderoso onipotente, esse sim cheio de toda a autoridade e força, pois nem o sacrifício do Cordeiro de Deus foi suficiente para quebrar-lhe o poder.
Tanto que até hoje precisamos de seminários e congressos para nos ensinar aquilo que Jesus e seus discípulos não sabiam: o poder do diabo sobre os servos dele, Jesus.

Na verdade, vocês sabem, não é isso o que penso... mas é o que, infelizmente, o povo que diz seguir a Jesus, tem ensinado por aí...

Que Jesus Cristo, Deus Todo-Poderoso, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Maravilhoso Conselheiro, Cordeiro de Deus, Eterno Salvador, Verdadeiro Libertador, tenha misericórdia de nós...

Amém!

José Barbosa Junior (...)