segunda-feira, dezembro 11, 2006

Explicando a teologia da prosperidade

Apesar de sua origem norte-americana, têm aparecido versões africanas, latino-americanas e coreanas. A teologia da prosperidade se baseia na idéia de que Deus quer que todo o seu povo desfrute de prosperidade. E se os crentes tiverem fé suficiente para reclamar o que deveria lhes pertencer, e demonstrarem essa fé com doações generosas a Deus, ele as devolverá com juros. E já que “fazer doações a Deus” é interpretado como fazê-las à igreja, a teologia da prosperidade se converte em uma ideologia muito prática para criar instituições eclesiásticas que podem se permitir investimentos vultosos (nos meios de comunicação eletrônicos, por exemplo) e que seus líderes levem vidas opulentas. A teologia da prosperidade, no entanto, se limita a determinados setores, e é objeto de crítica de muitos setores evangélicos mais importantes, que a consideram teologicamente incorreta, moralmente condenável e psicologicamente prejudicial. Do ponto de vista sociológico, deve-se distinguir entre seus transmissores, cuja exploração da situação de necessidade dos desesperados traz pouco ou nenhum benefício para estes (porém garante a prosperidade dos pastores), e os fiéis, que não são incautos indefesos, mas gente necessitada que divide suas apostas entre várias opções.

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